A INVEJA É UMA M.......
Somos sumidades
Somamos idades
Sumimos um no outro
Somamos serenidades
Serenando eternidades
Sempre o melhor vem mais tarde
Sereia de umidade
Arde em sumos
Supro tuas sementes
Foz de nascentes
Fosforescente a naus
Nos anais da fortaleza
Forço-te nas portas do claustro
Minhas retrancas
Em duras ancas
Provam de Fausto
Teus holofotes de alabastros
Meu claustro em servidão
Elevam-te a sensação do voo dos astros
Congelados na constelação de meu mastro
Maestro interno de tua congestão
Abrem-se através do sopro dos anjos
As asas de tua real liberdade
Nas costas de tuas cordilheiras
Sentes enfim a água escorrendo de teus montes
Os vassalos sussurram ao pé da noite rasteira
O frio é um açoite
Que percorre tuas espinhas dorsais
Nos sais de meu eu
Tu absorveu o que de mim contrai
Continha após gotinha eu em ti escorria
Por teu capinzal negro da noite fria
Sou eu que evaporas no mercúrio
Sou eu quem te encontra no murmúrio
Sem cadencia que o idiota que me espia na indecência
Evidencia o ato da fúria
Sem ater-se ao éter que do teu ser meu membro descobria
Sou eu que no teu colo morno silencia
E meu grito é como a resposta ao limo
De uma obra que só está exposta no meu íntimo
Mas que na tua feliz volúpia cadencia
Pois que dos bastardos invejosos sou um muro de arrimo.