Centrifugo o destino
Deslizo nas palvras que te não oiço,
Arrasto as mãos por onde não estás
E páro numa manhã de sol à tua espera!
Deixo o cansaço amarrado ao cais da vida
E tinjo o meu corpo de desafectos,
Expostos à sombra apressada de um mar de sentimentos...
Sequiosa,
Atiro o meu olhar silencioso...
Bêbada de fome,
Deambulo por entre as ondas do mar revolto...
Pressinto a tua maresia,
A pressão do teu corpo em mim
E centrifugo o instinto!
Oculto as chamas que me queimam o rosto
E o corpo todo
E prossigo neste destino melancólico
Chamando pela volúpia!