A caneta , o papel e o poeta
A caneta rega o papel.
Nele, florescem os versos,
e suas cores fazem o dia
inteiro brilhar.
O poeta respira aliviado com
a alma mansa e livre do
fardo rústico que carregava até ali.
A caneta rola por cima da mesa ,
completamente exausta e sem fôlego.
O poeta sorri para ela com olhar de
aceitação e uma certa piedade e paixão.
O papel continua ali , parado ,
florescendo ainda mais, pois
mesmo sem a caneta , o poeta
rega-os com suas lágrimas por
estar emocionado.