AMOR ACESO NO OLHAR
Tenho a impressão nítida
De que sou aquele amor perdido
Que dizias aos amigos mais íntimos
Que não o procuravas em vão
Pelos vãos do mundo de teu coração ninho
Entendi que não ensinamos o amor para a vida
Mas é a vida que nos ensina para o amor
Parecia que querias escrever em pergaminhos
Na minha derme as marcas de teu carinho
E dizias tu que tinhas medo de em outros
Braços por ilusão cair em tentação
Pois quando te olhei imediatamente
Pensei que te enquadravas
Perfeitamente no molde de um rosto
Que faltava no meio daquela multidão
E simplesmente quando nos olhamos em cílios abertos sibilamos
Havia brilhos de todos os matizes nos olhos
A água se transformava e decantava-se em vinho
As borboletas faziam cirandas na encruzilhada da emoção
Tudo se iluminou e a paixão imediata
Ali se alinhavava nos novelos emaranhados do destino...