Rosa de Veludo

Antes pétala e intocada rosa

Pele macia e de uma beleza formosa

Seus olhos de castanho infinito

Escondiam um vazio, longo e contínuo

Rodeada de espinhos letais crescera a rosa

E quem tentasse tocá-la, em seus espinhos se feria

Afastando aqueles que por sua beleza a admiravam

Mantinha-se a rosa, sozinha.

Mas um dia, a crescida rosa sentiu o amor lhe falar

Seus espinhos, acuados por tão belo sentimento

Caíram, deixando a linda rosa se libertar

A rosa, porém, não sabia

Que o amor, espinhos também tinha

E que sabiam machucar

Entregou-se, então, ao sentimento

Ignorou trovoadas e ventos

Que do seu amor a tentaram afastar

O tempo foi passando, as coisas mudando

E descobriu a rosa, que o amor ardia e doía

Que feria a alma daqueles que com coragem se entregavam

E com lágrimas de mágoa, foi a rosa se isolar.

Descobriu então a rosa, que queria de volta seus espinhos

Pois quando os tinha, vivia sozinha, mas pelo menos

Não sofria e paz em sua alma tinha.

Alessandra Ramírez
Enviado por Alessandra Ramírez em 26/02/2013
Código do texto: T4161533
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