MAGIA DA NOITE

A noite é assombrosa
e caminha em direção ao dia,
e parece que o tempo não passa!...
A noite é assustadora
com seus espinhos,
seus botões de rosa,
mas, para se fazerem em flores
num tear pleno de amores
há de se tecer carinhos...

(Vagar... Devagar, devagarinho!...)

A noite é um cadafalso...
É como se pisar na lama
com os pés descalços...
Não se sabe onde se pisa...
Se é na firmeza ,ou, no falso...
Na incerteza será só por amor,
posto que, eu amo tanto a noite
desde a sua escuridão,
até no soprar dos ventos...

(Ao fomento dos açoites
é só amor que intento!)

Eu amo tanto a noite,
que a noite poderia
além da noite toda,
ser tudo todo o dia!
Pois é nela onde mais amo
e, nos braços da amada,
meus olhos brilham os dela.
Êta, amor de “restrevela”!...
Amor de pavio curto...

(Num fio ou fiapo de vela!)

Como a espada brilha na lâmina
a realçar a fantasia...
Pudesse eu e faria da noite
num festival de canções
ou num recital de poesias mores,
e plenas: Inspirações maiores
daquelas que geram ciúme
a qualquer namorado enamorado
dos que, inseguros apelam!...

(Precisa-se de amores,
Pois só amores velam!...)

Eu e a noite, fizemos um pacto,
num tratado, conquanto, um elo,
de amarmo-nos para sempre
e andarmos sempre juntos,
evitando paralelos e defuntos...
Driblando a má sorte de áridos desertos,
Upa! Vamos mudar de assunto?!
Ainda que, caminhando a ermo e a esmo,
levando esse trato adiante de nós mesmos.

(Se não, ou, senão, a bom termo!)
Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 26/02/2013
Reeditado em 26/02/2013
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