A breve história de amor e oceano.

(Blog Sobre Pétalas e Preces _ www.pporto.blogspot.com.br)

O oceano abriu-se...

Nele certa calma ria e um orgulho de fluidez.

As ondas me permitiam explorá-lo

com correntes em declive.

Os oceanos são sempre imensos

com suas velas banhadas de sal.

Temo as sensações de impenetrabilidade, temo a deriva,

pois quisesse mesmo o oceano, esconderia entre os brutos,

a força que engole a leveza e a queda.

O oceano não sabia do meu corpo em aguardo,

não sabia dos marinheiros

ou das mulheres brejeiras na beira da espera

ou da morta sereia dos desassossegos.

Pois se o oceano existia para além da existência

não saberia da minha febre humana.

Ainda assim me aventurava de inundações,

alagando-me os inteiros, meu istmo

- à revelia.

Universo de águas sem represas

espumavam, espumavam...

Havia espuma do úmido de mim,

por onde me perdia e prendia,

sempre abarcada ao desconhecido, salgando.

Eu que sempre gostei de brincar de não existir...

Porto Patrícia

Patricia_Porto
Enviado por Patricia_Porto em 25/02/2013
Código do texto: T4159512
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