A breve história de amor e oceano.
(Blog Sobre Pétalas e Preces _ www.pporto.blogspot.com.br)
O oceano abriu-se...
Nele certa calma ria e um orgulho de fluidez.
As ondas me permitiam explorá-lo
com correntes em declive.
Os oceanos são sempre imensos
com suas velas banhadas de sal.
Temo as sensações de impenetrabilidade, temo a deriva,
pois quisesse mesmo o oceano, esconderia entre os brutos,
a força que engole a leveza e a queda.
O oceano não sabia do meu corpo em aguardo,
não sabia dos marinheiros
ou das mulheres brejeiras na beira da espera
ou da morta sereia dos desassossegos.
Pois se o oceano existia para além da existência
não saberia da minha febre humana.
Ainda assim me aventurava de inundações,
alagando-me os inteiros, meu istmo
- à revelia.
Universo de águas sem represas
espumavam, espumavam...
Havia espuma do úmido de mim,
por onde me perdia e prendia,
sempre abarcada ao desconhecido, salgando.
Eu que sempre gostei de brincar de não existir...
Porto Patrícia