Sobre o Balcão, Rosas

Lá vem a noite cheia de nostalgia

Saudando em meandros tu,

Em tônicas exóticas, pedras indianas,

Para as mãos anel de anelar,

Música de dançar aos sinos do crepúsculo!

Entre uma lágrima e outra,

A voz murmurante adentra em torpor

Pela poesia Vênus mostrando-se em cálice,

Em vértices que só tu’alma sabe cantar!

Em gala de amar o teu ser é deslumbrado

Também pelos astros conspirando

Ao pulsar do coração, para uma madrugada

De andar e rodopiar pela paixão!

Ao meu olhar te desnuda

Em bem querer, em lamentosos ósculos

Divagando dos lábios, aspirando desejos

Naturais como as rosas sobre o balcão!

Do jardim, és a senhora das pétalas

Devaneando por céus e vinhedos do nunca,

Trazendo do amor todo o alimento da cor

Pintando o instante, matizando o sentir!

25/02/2013

Porto Alegre - RS