Primavera Tu
Quimera eu...
Ser a tua lágrima primogênita
Vindo do azul, deslizando pela face,
Chegando aos lábios, ao âmago
Dando-te o prazer do gosto do mar!
Ser também em versos
A tônica da tu’alma e navegar descendo
Pelo peito, ali, onde luar pede morada
E se guarda até o raiar do dia
Desabrochar em flor, anunciar o amor!
Inverno eu,
Ser o mantô da pele tua
Aquecendo-a em carícias, em fantasias
Renascidas do vento frio ventando
Para o som das folhas secas... Te amo!
Ser do teu diário de bordo
A letra no amanhã imortal, no anoitecer
O perfume de todas as pétalas
Banhando o corpo, o entalhe paixão
Despontado em frutas, em néctar uno!
Das cordas redundando pelo cenário
Ser a clave de ouvir e plantar no teu coração,
Cada cantada da melodia composta por Ele
E depois colher do jardim o botão
Que tela vai pintar trazendo mais um alvorecer!
23/02/2013
Porto Alegre - RS