INFINITUDE
Eu acredito nas verdades flagrantes desse vazio a pairar
E me proponho aguardar a viração dos novos ventos
Posso compreender os argumentos por teus mistérios a falar
Posso até mesmo escutar as confissões gritantes dos teus silêncios!
Eu te perdoo cada pecado inconfesso
Eu rasgo as veias do meu verso e o deixo sangrar misericórdia
Dizendo adeus a toda discórdia em mar de aparências imerso
Aderindo ao rumo inverso dos que renegam sua própria história!
E assim faria pelas razões que simplesmente faço
Porque um passo de amor é como o céu perante areia de amargura
A vida que não jura também rejeita prometer-me o que disfarço
E não quebrantará o laço que só me encontra em claridade obscura!
Mas não perguntes a razão porque te venço assim dessa maneira
Lá fora o sol é uma aparente brincadeira e aqui a noite é só um limiar
Eu vou te amar e nem sequer toda verdade é mais leal e verdadeira
Pois o amor que me incendeia é desses que passeia por onde o sempre estará!
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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor
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