Jeitos e Trejeitos do Amor
Ocaso... Oh! Ocaso do belo olhar
Levas embora o dia e trazes o breu,
Mais tarde quebrado pelo luar,
Pelo tilintar dos cantadores de vento
E o divagar dos lábios no ritmo do anoitecer!
O lago se faz espelho da noite
Brincando de madrugada ao som alucinante
Do silêncio, propagando-se das faces,
Por jeitos e trejeitos das peles
Em meio a metódica melodia... Ah! Que saudade!
Sete são os mares a banhar nossa estrela,
Infindas são as palavras mapeando
Teus desejos mergulhados em lirismo,
Lírios para o sorriso, todas as flores
Ao desnudo saber do corpo em sois!
Enfim. O pôr é do luar
Põe-se as margens da tristeza
Que ficou ao largo do beijo celeste,
Do amor rompendo distâncias
E poemas sem perfume, cor e ritos de paixão!
Pelo silente ficaram os olhares
Doando-se em metáforas, em raras ilusões!
22/02/2013
Porto Alegre - RS