Introvertido
Não tenho como expressar o que me vai ao peito
Se me aliviará
Se tenho esse direito
Cada um trás consigo, eu sei, suas fantasias
Muitas boas histórias...
Suas heresias...
Driblo-me nas falas
Economizo nos versos
Expondo um mínimo, menos controverso.
Mas os resquícios e restos vão se acumulando
Represados...
Clamando!
É que o refugo é ouro de suma importância
Passado em peneira
Um baú de esperança
Uma vã reserva para um dia expor
Quando encontrar uma chave
Que não poupe amor
Sigo antevendo o inimaginável
Rascunhos traçados
Vultos da miragem
Ao menos saem versos
Num sinal de que existe outro mundo a explorar
Retido... Amarrado... Contido... Calado!