AMOR SHAKESPEARIANO

Quero um amor Shakespeariano;

Sem pudor, mas não mundano.

Degredando todos os segredos...

Desvendando os teus quadrantes,

O sólido o plasmático e o insólito...

Quero a união de corpos desvairados;

Que elimine em nós todo o langor,

Tornando-me encarcerado e captor.

Na lascívia de teu equinócio e solstício,

O encanto de teu implacável acalanto...

Livrando-me de meu inóspito vazio,

Tua resplandecência vivificadora,

Com teu contundente e mordaz humor...

Quero de ti a mais fogosa cavalgada;

Teu mais intenso e ardente movimento,

E toda volúpia do mais insaciável desejo...

Tuas garras tua saliva teu ardor e teu beijo.

Quero um amor Shakespeariano;

Sem pudor, mas não mundano.

E tudo isso encontro em teu corpo,

No que há de mais íntimo no eu humano.

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 22/02/2013
Código do texto: T4154321
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