ENQUANTO SONHO

Acordas em meu sono
Trazido sorrateiramente pela saudade
Passos inquietos que me possuem
Imagens que correm em minhas ruas

Nuas emoções, que em mim transpiram

O mar banha os meus desejos
Tocas meu rosto mãos de cetim
Contornas minhas esperas, aflitas
Embebeda-te nos tonéis de meu prazer

Servindo-te na taça dos desejos...
Estremeço, pétala noturna orvalhada

Reconheço as digitais do teu perfume
Que ainda transpira em meus poros
No travesseiro do meu colo

Deita teus delírios, o querer mais ousado
Esparramando beijos estrelados
Na escuridão da minha pele erma

Aveludas meus lábios com tua boca
Ah amor! Desenha-me sem tremores
Você meu homem, versos teu faço

Planalto calmo ao sol tímido, sou tua poesia

Tua respiração sussurra-me palavras
Fragmentos de versos calados, guardados
Sorriem carícias entre teu corpo e o meu

Abraços que acendem fogueiras, clareiras
Dispensamos atalhos, viajamos sem pressa
Em minhas pernas deixas as tuas...

Neste êxtase, dois corpos tornam, um ser

À noite cúmplice reveste-se em manto eterno
A lua algemada a esta paixão
Faz a noite tremer com os suspiros de seu coração
Luamor
Enviado por Luamor em 22/02/2013
Código do texto: T4154091
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