Uma noite sem Luar
Languida está à noite
Que já envolve os passeios pela cidade
Úmida da chuva e da falta do luar
Alumiando amantes da escrita,
E olhares tenros como aquele teu!
Como um véu tênue no sobrevoo
Ao encontro do mosaico refletido sobre o chão,
São as palavras ressoando do teu imo
Em direção ao leito de deitar e gozar
Das nuvens cinzentas harmonizando o sentir!
O som d’aguas regando a terra
Cria palavras feitas para um relicário único,
Quão aquele encontrado no ventre teu
Lago do pranto, idílico testemunho
Do afago, do gosto de mar e amar d’alma!
Juras e misericórdias
Se dão a luz de velas acarinhando as peles
Nevoadas pelo amor pairando em murmúrios
Góticos, nobres mensageiros do sentimento
Pulsante dentro de cada verso dito por vós!
Em cada abraço uma estrofe,
Por todos os beijos paixão de anelar!
21/02/2013
Porto Alegre - RS