FLUXO DOS DESEJOS
Embrenhado á catarse de sonhos indomáveis
Tantos lugares comuns em nosso lugar comum
E desejos sobre coisas que ainda nem existem
O ontem não acabou e o amanhã inserido no hoje
Tornando-nos avessos a todos esses especiosos
No fértil terreno das indagações existenciais
Nas imersões por conceitos mais que ancestrais
E toda faina da reconstrução de novas imagens
Composta pela alteridade contida na brandura
Sou aprisionado pelos grilhões de teu enlevo
Desde o limiar dos horizontes descortinados
Dos quais emergem todo o fluxo dos desejos
Mesmo ante a vulnerabilidade do gesto inusual
Resisto com afinco ao teu complexo interlúdio
Mesmo perscrutando o mínimo sinal de ti
Talvez aceitando minha condição de détraqué
Um mentecapto á margem de tanta sapiência
Tentando transvasar contigo viscerais sentimentos
Mas sem tornar-me um pragmático arrestante
Apenas tentar encontrar tua natural essência
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