A PRIMEIRA VEZ QUE VI VOCÊ
Tinha eu dezessete anos e você dezesseis, quando a vi, linda e graciosa naquela inesquecível e memorável, primeira vez. Confesso, fui impactado por sua graciosidade e formosura. Um jeito lindo de ser, de olhar, de falar, um doce encanto de ternura. Nossos olhares se cruzaram, mas enquanto eu me deslumbrava, você não me percebia, sequer me notava. Mas, naquele instante, eu não queria saber se você me via. Ver você, contemplar a sua beleza e não perdê-la de vista, era tudo o que eu queria. De fato você olhou e nem me viu. Mas Deus olhou eu olhar você e percebeu como o meu coração se abriu. Enquanto o seu coração normalmente, batia como sempre bateu, o meu acelerou, disparou, incontido no caminho do vislumbre, correu. Ali você, cabelo ao vento, sorriso aberto, jovem como a flor que desabrocha em pétalas de pele macia. E por mais que eu parecesse igual aos rapazes iguais daquele dia, havia uma diferença que mais tarde, sob a direção de Deus, você descobriria. E não demorou muito por acontecer. Aprouve aos céus nos colocar frente a frente e ainda, que um tanto quanto reticente, você se deixou tomar por um vago, mas, esperançoso mover. E não poderia ser noutro dia tão precioso e lembrado por todos os casais de apaixonados: Dia 12 de junho, começamos a namorar, no Dia dos Namorados. Para encurtar a nossa história, depois de mais de trinta anos de namoro, sinto, ainda, o meu peito se agitar todas as vezes que o meu coração te vê. Sim, depois de quase, quatro décadas ao seu lado, continuo do mesmo jeito, amando e apaixonado, revivendo a alegria, tal qual a primeira vez que vi você.
À minha querida e eterna namorada: Néia.