A Chegada
Ouço rumores da chegada
Do que á muito tempo era esperado
Nos sussurros da brisa da tarde
Quando minh’alma é invadida pela saudade
Do sentimento perdido...
Enfim reencontrado
Foi-se o tempo em que eu apenas ouvia
Meu coração planger inconsolável
Nas longas e invernosas noite frias
Enchendo papéis com meus versos de açoite
Mas que tomados por tua magia,
Tornaram-se num sentimento estável
Hoje, sei que sou um homem que ama
Mais que outro já lhe amou um dia
Logo eu, que nada de amor sabia
Apenas o buscava incansavelmente
Neste rio de plácidas correntes
Em que veleja minha poesia
Mas sei que amo e o sentimento
Se faz em meu ser oblíquo
Antes; uma utopia
De um coração ímpio no amor
Hoje, com graça e extrema magia
Em mim resplandece todo teu furor