SEMENTES DE UM
TEMPO...
Como um pião giravam
anseios
e então eu ouvia a voz
da razão
a perguntar sobre
a imaginação.
Voltavam então algumas
imagens
para justificar a tua
presença em mim
que ia se compondo como
um quadro de Renoir.
Tuas vontades eram agora
como contos
que se desfiavam em palavras
verdadeiras
e bem longe do fastídio do
sentir inconcluso.
Valia no olhar a presença
de uma certeza
e era isso que você buscava
no meu próprio olhar,
assim como quem busca
um grande amor.
Nas céspedes ...um crepúsculo
baixava
e deixava pelos campos um
rasto de beleza
que as palavras, como sementes,
faziam brotar.
Sementes de um tempo...
para se cultivar...cuidar...
e amar.
E bem depois,
da colheita se fartar !
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Autor: Cássio Seagull em 18-02-13 SP
ca.seagull@hotmail.com
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