(Imagem - Michelangelo di Battista)


Tempos de dor se aproximam
 

E spargirei minha purificação
no sangrar dos olhos
todos os poentes em que os suspiros me tomarem,
em todos os alvoreceres em que teus carinhos
não amanhecerem meus sequiosos lábios
 
Correrei os roseirais sem inspirar tua fragrância
e nos espinhos deixarei meus pecados
 
Se ainda assim minhas primaveras forem impuras,
leves a ternura de minha alma para tua lápide!
Mas não te darei a morte dos versos em poesia
uma vez que a morte revela-se a mim
na tua tão dolente ausência



Denise Matos



Interação à obra do maravilhoso poeta
e amado amigo,
El Freitas

 
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 18/02/2013
Reeditado em 20/02/2013
Código do texto: T4146732
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