Outrem um Tango, Hoje uma Vida

Outrem um Tango, Hoje uma Vida

As luzes na praça já dão boas vindas à noite,

Que chega silenciando a flora, a fauna

Guardado com cuidado o gorjear do alvorecer,

Como o beijo teu que deixa saudade!

Solto das amarras do tempo,

Vejo-te em devaneios pelo solar das letras

Divagando em desejos, argumentando com a brisa

Adentrando pelas cortinas, outrem um tango!

Enquanto o vento esculpe a areia

Vislumbro teu peito se desnudando em jovialidade,

Em algas que desfilam pelas águas cintilantes

Daquele lago d’onde flamingos se dão em coração!

A lua quebra o silente das nuvens

Inundando teu corpo em purpurina,

Teus lábios, ah os lábios teus

Aqueles do encontro sedoso, eu quero beijar,

Sentir cada ósculo nos sinos a repicar!

A maravilha da cena

Está no olhar vagando pela penumbra

Criando melancolia, canduras

E versos para mais uma sonata!

17/02/2013

Porto Alegre - RS