Nada posso ofertar-te que já não tenhas
riqueza alguma emoldura tua face em candura
é como dar em regalo o belo à própria beleza
Flores enaltecidas em cores à própria rica natureza

Nada posso ofertar-te que já não tenhas
Nem mesmo meu amor...
Pois meu coração (abrasador) bate em teu peito
É como dar glorias ao grande que tudo já tenha feito!

Ofertar-te regalos em demostração de afeto
é como salgar uma gota de lágrima
presentear de encantos o riso, como levar grãos de areia ao deserto!

Nada posso ofertar-te que já não tenhas
Nem mesmo minha presença, pois se tu existes, já me tens por perto...
Como ofertar luz às estrelas?
Como dar-te meu folego se todo o ar que respiro te rodeia?

Nada posso ofertar que já não tenhas!
Apenas olhe em meus olhos
Veja todo manancial farto do que de mim possuis
Apenas olhe meus olhos e se veja em meu olhar...
Pois és tu tudo o que esperas de mim...
És tu a parte nascida de minh'alma...O meu próprio amar!

Por isso cala-te e lembre-te que em outro mundo é absoluto
O que não posso dar-te, pois como ofertar-te?
De meu ser e das belezas da criação já tens tudo!

Somos o destino de estrelas que hão de nascer
Como presentear-te com meu amor se és meu amar?
Somos “UM” em nossos universos...
Te dou o regalo de minha poesia
Pois na eternidade sou vivo em teus versos?