Não quero perder-te
Não quero perder-te!
Não quero perder-te!
Não quero perder a essência.
O cheiro o aroma teu sabor de vida.
Com os cabelos em desalinhos
Com tantos pensamentos ao vento.
Não quero esquecer palavras ouvidas
Carinhos ditos explicados gesticulados
O riso numa tarde fria chuvosa
Se a alma fala ao coração.
Graça acariciando perdão.
Pelos sonhos largados em bancos de praça
Pelas brigas mal resolvidas noites mal dormidas
Restos de saudades que ficaram nos umbrais das portas
Sulcos na alma, cinzas que o tempo não dissipou.
Não quero perder-te!
Que o egoísmo seja uma porta entreaberta
Rua deserta vereda de ilusão.
Por todos os caminhos ainda não percorridos
Cama desfeita desassossego de coração.
Noite infindas brumas da paixão.
Não posso te perder não me deixa sem chão!
Não quero, não posso perder-te!
Tantas coisas ainda necessitam ser ditas.
Palavras que ficaram pelos caminhos.
Foste meu baluarte, agora meu descaminho.
Amantino Silva 03/12/2012