FÊMEA

Não importa que seja aos poucos
Intermitente e impontual
Que me iluda e faça mal
Ou que seja amor de boto

Ainda que seja sempre igual
Amor cego e muito louco
Feito às pressas em catre roto
E com prazer irracional

Mesmo que seja mar morto
Sujeito a vendaval
Sem terra firme ou porto

Quero que seja sensual
E que eu sinta o teu gosto
Em cada ritual