Graças ao Amor
Não há como dizer quantas flores
Cobriam a terra de cor e olor,
Neste hemisfério de letras e tintas
Vindo de dentro, imitando a vida,
Quem sabe a alma? Plenitude arte!
Em cada pegada uma semente
Amanhã colhida em pétalas, ode ao amor
Sangrando pelas vias de fato incrustadas
No âmago, nas estrofes delirantes por ti,
Oh! Musa, diva desnuda em melancolia!
Venta brisa do sudoeste
Traga-me em prantos amiúdes
O mistério da paixão, a magia do sentir
Maculada ao riscar do cometa
Cortando a noite, germinando graça pelo céu!
Por sobre os fios do oriente
Tela essência viva, nua em solitude,
Singular ao cantar das cigarras
Chamando em toda a estação
Primaveras de gozar, quimeras de amar!
Que rasgue a flor
Aquele que nunca amou!
13/02/2013
Porto Alegre - RS