Ribalta Paixão
Intrépida seja a palavra versada
Pela tinta do tinteiro, na ponta da pena,
Pelas linhas do cruzeiro!
Quando ouço a canção cancioneira,
Jogo-me aos desfiladeiros das letras
Me deixando compor pela nudez
Dos verbos cruzando-se ao pôr do sol,
Ao anoitecer de cada beijo, dado por vós!
Dentre luas e sois,
Nostalgia furor, eclipse amor,
Em meio ao torpor, água de beber,
Pele de banhar-se ao amanhecer,
Aurora de alma... Gorjeia coração!
O sentir do sentimento
Também se dá pelo grafar das folhas
Alvas como nuvens de algodão,
Sidéreo feito tempo fazendo de cada estação
Um porto sem solidão!
Do Parthenon ao Olímpio
Faze-te prosa versejada,
Melodia acalantada,
Voz desenfreada paixão!
13/02/2013
Porto Alegre - RS