DESEJO CONTIDO
Estás sentado à minha frente,
Insensível ao meu olhar
Distante, como se me rejeitasse.
Esse desejo de te tocar
Fazer um gesto de carinho,
Tua face beijar.
Sentir o calor da tua pele morena,
Tão gostosa de provar.
Mas é proibido, não posso.
Neste barco navegar.
O desejo é intenso,
Corroendo-me por dentro
Mas você, em nenhum momento,
Parece se preocupar.
Diga-me o que fazer
Para ter-te nos braços?
Diga moço, o que faço?
Poema publicado na obra Labirintos de amor, 1999