Contratempos
Qual minuto de silêncio em horas de barulho,
Um desmancha-prazeres quebrando o clima;
o meu dura muitas horas, refém do orgulho,
E se soma à sua ausência ainda por cima...
Meus olhos insatisfeitos com suas meninas,
Sedentos buscam o desfile da tua graça;
Ávidos, como beatos olhando as sete colinas,
Aguardando pelo próximo sinal de fumaça...
Quisera, teus sentimentos unidos em conclave,
Considerassem remover os meus escombros;
Me concedendo a temporal, e a eterna chave,
Elegendo para tua cabeça, os meus ombros...
Você viu o novo ferro-velho que abriu logo ali?
Viu como a vida anda bem, em contratempos?
O tempo aliás, faz o vinho ficar melhor, curtir,
Mire-se, pois, no espelho desses exemplos...
Traga tua alva avenida com dois sinais verdes,
Cujo brilho vivo exponha a cruz do meu mapa;
Deixe fluir tua fonte como arde minha sede,
Desde que virastes mama eleita por cuesto papa...