Calada!

À Flor

Calada! permita-me amar-te

Da maneira mais sincera que disponho.

Permita-me olhar-te tristonho,

E implorar-te um resquício teu.

Calada! Dai-me o direito de gravá-la

nas minhas retinas chorosas

Que nas tuas plumas formosas

Insistem fitar estasiadas.

Calada! Conceda-me ser teu arlequim.

Um bobo embriagado de ilusão

Um poeta rendido à tua mão

Que não me afaga, nem consola...

Calada! Permita que meus versos dispersos

Fiquem gravados na tua pele alva.

Despeje-os calmamente na relva

Que nasce ao seu redor a adorar-te...

Izaías Serafim
Enviado por Izaías Serafim em 12/02/2013
Código do texto: T4135464
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