DO AMOR COMO NOME DE COMBATE

Não vejo graça aonde a imortalidade responde por miséria.

De todos os nomes falsos da glória, apenas a loucura é um bem absoluto.

Sou aquele que ergue os olhos dentro da cova e percebe a blasfêmia no riso sórdido da arquitetura, pois qual a utilidade de uma catedral além de abrigar a mijada quente da vadiagem e da herança de um ateísmo coroado, quando chega o aniquilamento baforadas de neblina amontoam a bagunça de ossos.

Não mais é tempo de metáforas, é o amor uma brutalidade maior que a apropriação indébita, porque então morri se a única irmandade é a cobiça.

Recolhi as velas da nau cansado de aguardar o amanhecer porque a pedra filosofal alimenta o isqueiro do ladrão que domina a louca turbulência, na qual desapareço destinando as moléculas às cinzas amontoadas no jardim de um crematório sumério.