Anoiteceu em mim
Anoiteceu em mim
Há um reflexo de velhas ruínas em meu olhar
e um sabor de nostalgia a escurecer no tempo,
um chamado remoto que se dilui, no vento.
Na profundidade da tristeza que é sempre a mesma.
Melancólica-sou- árvore sem folhas,
saudade sempre vagando na angústia
na solidão, que desliza no colorido das mágoas.
Constante amor se afogando em densas águas.
Deixo-me acalentar na dor que ninguém escuta
como quem abraça, beija e come a vida
restando apenas um gosto de sombra, desde a sua ida.
Resguardo com avidez os momentos felizes
na corrida veloz do tempo, embalando-me na ilusão
nos seus abstratos, tão vivos, tão meus, neste arco-íris.
Lakshmi
(L.T.)