OCASO

Talvez o ocaso tenha brincado comigo,

Ou talvez, quem sabe, seja o destino,

Ou, até mesmo a vida decidiu,

Cruzar o seu caminho com o meu.

Por isso eu reajo e questiono,

Porque tanta ironia?

Sempre decidi com segurança,

Quem entra e quem sai de minha vida.

Reflito nas decisões e nas escolhas,

Porque considero, fundamental,

Sentir empatia com quem convivo,

O caminho de vida é meu e eu decido.

Seleciono criteriosamente e com exigência,

Todos que possam vir a fazer parte de meu mundo,

Porque falar a mesma linguagem é fundamental,

Para que possa haver um entendimento.

Mas quando o ocaso decide, assim como fez,

Tudo se torna alheatório e sem critério,

E com um agente complicador, a atração,

Desmedida e sem controle conduzindo o querer.

E mesmo quando fica decidido, afastar,

Como tantas vezes já o fizemos,

A misteriosa emoção que nos conectou, vence,

E continua junto o seu caminhar e o meu.

Celi Romão
Enviado por Celi Romão em 11/02/2013
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