OCASO
Talvez o ocaso tenha brincado comigo,
Ou talvez, quem sabe, seja o destino,
Ou, até mesmo a vida decidiu,
Cruzar o seu caminho com o meu.
Por isso eu reajo e questiono,
Porque tanta ironia?
Sempre decidi com segurança,
Quem entra e quem sai de minha vida.
Reflito nas decisões e nas escolhas,
Porque considero, fundamental,
Sentir empatia com quem convivo,
O caminho de vida é meu e eu decido.
Seleciono criteriosamente e com exigência,
Todos que possam vir a fazer parte de meu mundo,
Porque falar a mesma linguagem é fundamental,
Para que possa haver um entendimento.
Mas quando o ocaso decide, assim como fez,
Tudo se torna alheatório e sem critério,
E com um agente complicador, a atração,
Desmedida e sem controle conduzindo o querer.
E mesmo quando fica decidido, afastar,
Como tantas vezes já o fizemos,
A misteriosa emoção que nos conectou, vence,
E continua junto o seu caminhar e o meu.