Como um Girassol

Os primeiros raios da manhã

Já brincavam pelo campo verde dourado,

Enquanto tu deleitava-se ao silêncio

Do dançar da plantação inventado pelo vento!

Ao ver-te vestida de madrugada

Pelo ocaso lunar minh’alma, minha dor

Deu-se pela paixão vistas por faces e facetas

Cridas pelo pranto soando baixinho...

Teu beijo em comunhão com o amor!

Em prosaicos ébrios te senti

Congregada ao desejo,

Ao apelo profundo, desconcertante

Como flor inebriada, girando feliz

Pela canção do alvorecer!

Palavra divina cheia de esplendor

Deita-te ao relento da seda,

Pois sois teu corpo desnudando-se em figuras

Guardados no cerne, na prole da melodia!

Da renda macia és a essência,

A tatuagem salvo no âmago!

10/02/2013

Porto Alegre - RS