TEMPO

É na efemeridade do tempo, que não controlamos,

Que surgem pensamentos, que parecem não ter fim,

Não ter limites, apenas desejos, anseios não alcançados,

Que dependem do tempo, que como água, foge das mãos.

E nada que prevíamos torna-se concreto, total impotência,

Diante da realidade da vida e do destino, nada concluímos,

Somos apenas, e só, marionetes, controladas remotamente,

Por uma um infinito poder, que em êxtase, sente prazer.

Por perceber a inquietude e o desassossego que acontece,

Dentro do peito, no silêncio que ecoa do fundo da alma,

Ao perceber o bater de asas veloz do sonho sonhado,

Fecho meus olhos para não vê-lo partir, para longe de mim.

Celi Romão
Enviado por Celi Romão em 09/02/2013
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