RETALHOS DE PRATA II
Como as formigas trabalho
Incansavelmente
Tentando esquecer as dores de morte
Que me separam de ti...
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Quem não sabe distinguir
Estrelas de pirilampos,
Não merece ser feliz!
- Portanto, nunca te queixes!!
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Enquanto o tempo corre
Eu me aproximo devagar
Do meu fim...
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Há um lugar vazio à minha mesa.
Há um Banco no jardim que cabem dois,
Mas nele eu me sento só...
Pássaros livres ainda cantam
E voltam para seus ninhos...
Rego sozinha minhas plantas à tardinha
E não tenho quem brinde, à noite, o vinho, que sorvo lentamente,
Nem faça para mim o fogo na lareira
Nas noites de Inverno
Quando junto às chamas aqueço meus pés...
- Mas quem diz que eu quero que outro alguém
Ocupe teu lugar?!...
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Era uma grande Alameda de Acácias e Casuarinas...
Mais adiante, mesclavam-se Álamos prateados...
E nossos pés tilintavam quais brindes em taças de cristal
E se ouvia música de Natal em sinos de carrilhão
E em doce melodia
Quando nossos pés tocavam o chão...
Abraçados, a relva era qual veludo,
E a Felicidade era tanta, então,
Que a Lua aparecia de um lado
Enquanto ainda brilhava o sol no Céu,
E suspiravam, ante o par que ia abraçado,
Exalando Amor...
Mas o Vento Sul, vento gelado,
Ciumento, não suportou tanta alegria
E te levou...
Hoje meu caminho é no Deserto!
Mas nele... Ainda brilha uma Flor...
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Luzes coloridas, serpentinas,
Fantasias e eróticos meneios,
Muito vinho e cerveja aos borbotões!
Sorrisos, risos, alegrias!
- Mas... Será que sorriem
Todos os corações?!...