TEATRO DO AMOR

Um dia o amor me veio
A realidade quebrou as algemas do coração
Já não era sonho à fantasia
Tornou-se feliz o dia-a-dia
Meu caminho floriu-se de sorrisos
Me vi livre enfim dos abismos
Que me separava da desejada alegria

Meus olhos irradiavam brilho intenso
O amor me veio vibrante e imenso

Já não precisava sonhar para sorrir
Nem para os amigos precisava fingir
O brilho no olhar me denunciava
Todos tinham a certeza que eu amava
Vivia sorrindo à toa
Encarava a vida numa boa
O sangue em minha veia galopava

Em todos os momentos
Eu encenava o verbo amar
Do meu teatro todos queriam participar
As cenas eram feitas com paixão
Os holofotes incendiavam o coração
A platéia empolgava-se
Eu desejava terminar o drama em beleza
Mas no último ato veio a dor
A cena de tristeza
A luz apagou, caiu o pano,
O sonho ruiu, fez-se outra a emoção.

Hoje na ribalta
Revivo a saudade
A luz, mesmo baixa
Reascenderá a felicidade
E alguém reaparecerá
Na retrospectiva do tempo
Na performance da peça teatral
E saberei, bem e sem igual
Dar um final feliz às minhas cenas
E o amor reinará em mim, total.
Gilnei Poeta
Enviado por Gilnei Poeta em 14/03/2007
Reeditado em 14/03/2007
Código do texto: T412735
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