Somente amar outra vez.
Mansa chuva a derramar-se continua
Molhando a relva, persistindo em ser.
Soberana em sua insensatez
Umedecendo a louca nudez
De corpos embalados em seu vai e vem.
Forte chuva a derramar-se prazerosa
Fazendo alegorias gostosas
Nos momentos escancarados do saber
Embrenhar-se nas cochas, nos seios.
Em costas quentes e lábios murmurando.
Doce chuva a derramar-se cautelosa
Por caminhos do querer, desejar e cair
Exaustos de prazer. Esquecendo de vez
Todo o saber, somente o bem querer.
Somente amar outra vez.