A força do amor

Já tentei fazer buracos n’água,

Usei minha força e minha destreza,

Mas essas acabaram sendo exíguas,

O tempo moroso andava léguas,

E eu impotente, na minha empresa...

Já apertei areia fina aos montes,

Querendo reter o máximo nas mãos;

Cada vez retinha menos que antes,

Se carecemos atinar nossas mentes,

O dito se verifica, na prática lição...

Minha insanidade fez enxugar gelo,

Em pleno verão, retirar umidade;

Baixou logo a minha crista de galo,

Assim que enxugava a um gole,

Derretia sempre outra quantidade...

Deveis estar pensando, não bato bem

mas, insipiências todos têm, por favor!

Só quero mostra claro, de onde vem,

Essa certeza experiente de que nem,

Adianta tentar, contra a força do amor...