Luzes Etéreas

Azul,

Como o céu, o mar,

Aquele olhar em dó maior,

Sustenido amor!

Aera atemporal,

Diante daquelas palavras

Transpiradas pelo âmago em êxtase

Enquanto a noite deleitava-se ao norte,

A tarde se esvaia pelo sul!

Do sonho sonhado,

Ao corpo despido em melancolia

Em meio às nuvens de algodão

Quebrando a penumbra no raio de luar

Vejo-te em inspirações, teu lar!

Horas surreais,

Entre beijos e afagos, náufragos

De um sentimento etéreo, pirâmides,

Estros mistérios soando pelas taças

De vinho embriagadas, nossa jangada!

Gracias a la vida,

Já escrevia o poeta espanhol

Descrevendo a paixão, a beleza do cálice,

A vontade do seio adocicado no mel,

Teu doce segredo pela simplicidade do ato!

Pelo tempo a lágrima desliza

Leve como a flor rabiscando teus feitiços,

Únicos à flor da pele, ao relento das folhas

Orvalhados pelo pranto presente a poesia,

Ao poema exposto no ventre gentil!

05/02/2013

Porto Alegre - RS