Duelando?
Quantas vezes nos atracamos, por amor, por ódio ou por simples vontade.
Hoje, quando isso acontece não é por acaso, é por necessidade.
Nesse nosso duelo, não tem vencedor e nunca haverá vencido.
Duelamos sim, mas sangrar não sangramos não
Pois nossos golpes não são sopapos, são beijos
Na testa, no rosto, na maioria das vezes na boca
Já que não conseguimos beijar o coração.
Nos demais duelos tem platéia, tem aplausos
Tem quem se alegra e sorri, tem alguns que entristecem e até choram.
No nosso não, não tem não.
É só um tablado pequeno onde só cabe nós dois.
É silêncio, é escuridão, onde só se ouve sussurros e pequenas juras
O cachê é repartido, metade, metade, e depois.....
Amanhece, te beijo, despeço, você sorri, que satisfação.