Amor como vulcão...

(...) essa impaciência

que por ora me devora,

faz doer na insegurança

dominando o agora,

sensível demais, incapaz;

ouço o canto dos pássaros,

me atrai, distrai, descontrai;

paro o movimento do

pensamento na fragilidade

tão forte que me refaz;

sou maior que a minha dor,

mais que tudo sou amor;

os espinhos do caminho

levam-me ao perfume da flor;

rosas vermelhas, apaixonadas,

falantes, caladas como sangue

nas minhas veias com amor

como vulcão que incendeia;

tudo é tão perto e,

extremamente distante;

entender ? pra que ?

mistérios que de sérios

não quero mais saber;

sentir me permite

ir além, sempre, sempre.

Marisa de Medeiros