Segredo

Penso: Ah, se inclino em teu corpo reclinado,

Na cortina que dizem ser saia, perderia o caminho!

Seria pássaro Sibito roubando o teu ninho,

Mas com alma de beija-flor em teu lábio perfumado!

Enquanto outros lábios me pedissem para tê-los,

Eu seria para tua graça, boca assim não tão santa,

Que de longe escutariam os gemidos da garganta...

Seria numa noite como a cor dos teus cabelos!

Ah, como seria ágil um só dedo

Em tua flor delatada, em tua flor coberta,

O que outrora erá saia, seria cortina aberta...

Me colocaria em ti, ora transparente, ora segredo!

Pergentino Júnior
Enviado por Pergentino Júnior em 02/02/2013
Reeditado em 02/02/2013
Código do texto: T4119955
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