. Sou tão comum se não puder doar meu coração, dizer minhas sinceras palavras...
Em quanto tempo posso aguentar este meu coração que acelera a cada segundo? Talvez eu tenha um ataque cardíaco.
Existem rosas me movendo; talvez seja época de primavera.
E eu fico aqui pensando no seu sorriso. Como posso lhe cuidar com tanto zelo?
As lágrimas caem, elas só almejam...
Existem tantos subsídios me dizendo para a buscar. Às vezes olho para o céu e idealizo-a.
Às vezes olho para os lados e contemplo-a. Se eu pudesse voar agora e chegar nesse seu canto... Pôr meu rosto ao seu lado, idealizar o seu sorriso como um monumento artístico.
Eu quero tocá-la. Deixe-me. Mas você parece estar distante...
Mas não existe distância como esta que me impeça de a querer, apenas vê-la longe. Estão tão longe aqueles que parecem estar tão perto de si mesmos...
Mas, nesse despertar, eu quero que me acorde. Por favor, deite-se comigo, mas me acorde.
Mas, e se eu dormisse e partisse, você dormiria comigo? Me buscaria em meus sonhos?
Às vezes queria ser um pássaro e migrar aos seus ombro, adormecer com seus olhos.
Se meus dedos pudessem neste momento contemplar o seu sorriso, deslizar pela sua face, mexer nos fios dos seus cabelos, sentir a suavidade de sua pele...
Sabe quando você está numa quadra para um jogo, mas só tem você? É assim que me sinto sem você. É como olhar para o céu e ver um lar comum. Sou tão comum se não puder doar meu coração, dizer minhas sinceras palavras... Eu sou assim, não posso mudar. Sou mais que palavras, sou mais que lágrimas, sou mais que sonho, sou mais que um toque, sou mais que um paladar: sou amor. Se não puder deixar que o amor grite em minhas cordas vocais, se não deixar que minha artéria aorta pulse, se não deixar que meus olhos vejam, se não deixar que minha mente idealize, não há porque viver. Renato F. Marques