DECLARAÇÃO DE AMOR
Repudio a devastação inclemente
Essa que o instinto pressente
Nos calabouços das vaidades
Esse vazio que invade torpemente
Sangrando o coração da gente
Rindo de nossas adversidades
Eu gosto de guarida quando estou ao relento
E basta um sinal teu e já me contento
Pela força que ele consegue expressar
A consubstanciação desse teu digno rebento
Que em mim ressoa como um acalanto
E o tempo já então se permite passar
Tenho ojeriza dos labirintos do que é subjacente
Adoro quando tudo se da mutuamente
E no mesmo compasso contigo a trilhar
Hipnotizado por esse teu delicioso olhar fulgente
E nos doamos de maneira consciente
Para nossos universos poder partilhar
Alegra-me sentir toda á força de tua densa alacridade
Sorver lentamente toda nossa verdade
Traçando o caminho desse sentimento
Poder embrenhar-me em tua exuberante intimidade
Compartilhar admirado essa tua vaidade
Sabendo ser você meu uno aditamento
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