Eis que te amo
São teus olhos capazes de abrasar feito lumes
como de estrela em que na terra pousaste um dia
flor viçosa, rosa agreste de ingênuo e suave perfume
Deidade revivescida, na boca minha, a ambrosia.
Eis que te amo, com toda flâmea, pleno de luz e devoção
fada de lábios vermelhos, pulso de paixão ao teu beijo
hão de cantas as flores, aos acordes da lira e do meu coração
e o inefável canto já dizia, assim gorjeava a cotovia, palpitando o desejo.
Por mais que me tenha, não há uma só razão para o quanto lhe quero
nascer para viver e desta arte buscar o amor e teu nome sigo
bem cuidarei para que o sol continue a brilhar, assim espero
por tantos dias estivera em minha vida, a que a distancia é vencida, digo.
Que te amo, mais estável, agora belo e cristalino
e sempre a revigorar, com novos sonhos a desdobrar a energia
e na noite quando as estrelas riscam na escuridão nosso destino
e no dia quando o sol clareia refletindo na vida nossa poesia.
Que em vivo ardor cada hora meus olhos a de lhe mostrar
que todo bem já consistia num gesto, claro indício de suave rigor
sinto em nós dois, ébrio de amor, um céu a brilhar
a existência, tal expressão de luz, rompendo as brumas, o amor