Cucharita de arequipe

Para Auly Queiroz, abril/2008.

És como um doce que em meus lábios tecem

O primoroso ardor dos bons sabores,

Onde mergulho meus fatais temores

Nas esperanças que mais me apetecem.

És como a rosa pura e pequenina

Onde os espinhos delicados crescem,

Mas não desprendem, não desaparecem,

Só a protegem de uma mão ferina.

És como as noites que em meus olhos descem

Vultos perdidos de um passado alegre,

Feito os desejos de um amor entregue

Aos devaneios que nos adormecem.