Canção de um por do sol
O amarelo não ofusca minha visão
Admirá-lo sozinha já não tem a mesma graça.
A canção que embalava meu peito
Precisa de companhia pra tocar no mesmo tom
Sozinha não há harmonia,
Sozinha só há disritmia.
O que agora ouço, eu já sabia
Desnecessária, decidi (des)pensar.
De perto parece um tanto embaçado
Enquanto as palavras não ditas
Querem saltar dos meus olhos.
Mas isso eu não permito,
Talvez algo escrito deixarei amanhã.
O que antes eu dizia não faz nenhum sentido
E com medo do perigo entro em contradição.
Tem horas que não queria ser eu mesma
Queria ser pássaro, pena, uma flor
Mas sendo quem sou
Devo aprender a (re)inventar...
Aquela canção de um por do sol.