Chagas

No teu peito explodem velhas chagas

Apodrecidas, negras e fétidas

Lágrima silenciosa de ti se apiedas

E escorre lenta naquela face alva

Queixas ao franzir a testa ardente

Gotas de delírios neste eterno mar

Vestes soberbas em celestes panos

Dor infinita que não quer largar

É a vida, e viver é esta loucura

Ter nos olhos sonhos de doçura

Com a alma paralela ao holocausto

Refazendo sempre em plena agonia

Em espelhos que refletem a sinfonia

Deste corpo apodrecido e exausto

ticotico
Enviado por ticotico em 01/02/2013
Reeditado em 21/05/2013
Código do texto: T4117568
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