Pelo Lábio Teu
Vide as linhas do orago,
Pois estas já te traziam em pele
Desnuda em pêssego, vindoura da palavra
Ontem escrita em poesia, no agora
Doando-se ao poema por inteiro!
No âmago da semente
Versos aventurados na magia do sentir,
Oriundas do seio sestro perfumado a penumbra,
Idolatrado pelas estrelas passeando pelo corpo
Aguardando da madrugada, lábio pelo luar!
O vinil dá o tom de glamour
A noite que se chega ingênua sem neblina
Deixando em cada carícia uma quimera,
Estação para mais beijos e apelos nórdicos
Do vagido amor, instante, oração!
Sinto no dorso teu carinho
Como quem toca Bach ao piano luau,
Sob o céu do anel, e se vai corcel
Para além horizonte levando a lágrima
E plantando pelas brumas o amar de alma
De sonhar e despertar no braço, mil entrelaces!
29/01/2013
Porto Alegre - RS