Sonhadora e daí?
O que escrevo não explica coisa alguma...
Minha imagem, no espelho frio é coisa morta...
Não se vê passando o sangue pela aorta,
nem soar meu coração, se ouvirão...
Então qual o valor disso que seria uma caricatura besta?
Para o que se presta?
Se não empresta dignidade ao que sou,
nem me faz melhor...
Arre!
Quanta racionalidade à toa!
Soe o que soe, lá vou eu, caneta em punho,
rabiscando versos pela noite, insone,
contando estrelas a falar seu nome...