Sonhadora e daí?

O que escrevo não explica coisa alguma...

Minha imagem, no espelho frio é coisa morta...

Não se vê passando o sangue pela aorta,

nem soar meu coração, se ouvirão...

Então qual o valor disso que seria uma caricatura besta?

Para o que se presta?

Se não empresta dignidade ao que sou,

nem me faz melhor...

Arre!

Quanta racionalidade à toa!

Soe o que soe, lá vou eu, caneta em punho,

rabiscando versos pela noite, insone,

contando estrelas a falar seu nome...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 30/01/2013
Reeditado em 31/01/2013
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